07.02.24
Somente em 2022 o Brasil produziu quase 82 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos, cerca de 224 mil toneladas por dia. E parte destes resíduos saiu da sua casa. Mas já parou para pensar qual o destino deste lixo? Segundo dados do último panorama dos resíduos sólidos no Brasil, da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), 61% do que é recolhido no país vai para aterros sanitários, que é a destinação adequada. Mas você sabe como funciona o aterro sanitário?
Os resíduos sólidos desempenham um papel significativo em nosso cotidiano. Contudo, sem uma gestão adequada, podem resultar em impactos ambientais negativos. Por isso, surgem os aterros sanitários, uma instalação projetada para a disposição final destes resíduos urbanos de forma segura e ambientalmente responsável.
Especialistas projetam e o gerenciam cuidadosamente para minimizar os impactos ambientais e garantir a segurança pública a longo prazo. A destinação correta nos aterros impede a contaminação do solo e da água, ao contrário dos descartes irregulares que geram danos ambientais irreparáveis.
Na prática, para o início das operações de um aterro sanitário é preciso seguir fases cruciais para sua implantação, que envolvem o planejamento, autorização dos órgãos ambientais até o encerramento da área. Entenda melhor essas etapas:
Planejamento e localização: antes de instalar um aterro, é necessário um planejamento cuidadoso, considerando fatores como a geologia local, a proximidade de fontes de água, as comunidades vizinhas e as regulamentações ambientais.
Preparação do solo: preparamos a área destinada ao aterro sanitário, instalando camadas impermeáveis no solo para evitar a contaminação do lençol freático.
Recebimento de resíduos: As pessoas trazem os resíduos sólidos urbanos para o aterro e, idealmente, separam-nos para reciclagem antes do descarte. Isso reduz a quantidade de resíduos que acabam no aterro e aumentam a vida útil do espaço.
Compactação e cobertura diária: os resíduos são compactados regularmente para otimizar o espaço e reduzir o volume. Isso é feito com máquinas pesadas, como compactadores de solo. Além disso, uma camada de solo é espalhada sobre os resíduos depositados para minimizar o odor, reduzir a proliferação de pragas e proteger contra intempéries.
Monitoramento ambiental: Para garantir a conformidade com as regulamentações ambientais, monitoramos continuamente o aterro sanitário. Isso inclui, por exemplo, a verificação da qualidade da água subterrânea, as emissões de gases e outros impactos ambientais.
Encerramento e monitoramento pós-fechamento: quando o aterro atinge sua capacidade, o encerram e monitoram por um período considerável para garantir a ausência de vazamentos de poluentes. Além disso, podem ser implementadas medidas de recuperação da área para outros usos, como parques, instalações esportivas ou áreas de preservação ambiental, dependendo das condições locais e regulamentações.
A conscientização comunitária e redução de resíduos são peças-chave no quebra-cabeça do gerenciamento ambiental. Isto é, cada cidadão deve acompanhar a compreensão de como funciona o aterro sanitário com o compromisso de minimizar a produção de resíduos.
A comunidade desempenha um papel ativo na sustentabilidade, tornando-se parte integrante do ciclo de vida dos aterros. Pois apesar de sua importância, é crucial considerar alternativas mais sustentáveis, como a redução na geração de resíduos, a promoção da reciclagem e a busca por soluções de tratamento de resíduos mais inovadoras, visando a diminuição da dependência exclusiva dos aterros sanitários.
Na busca por aterros mais eficientes e menos impactantes, as tecnologias modernas e práticas sustentáveis desempenham um papel fundamental. Sistemas de captação de gases, geração de energia e reciclagem de materiais, por exemplo, são inovações que transformam a gestão de resíduos.
Uma delas é a implantação de uma usina de gaseificação, tecnologia revolucionária que converte resíduos em gás combustível, oferecendo uma saída limpa para um futuro mais verde.
A gaseificação é um processo inovador que transforma resíduos em gás combustível, reduzindo drasticamente a quantidade de carbono. Ao contrário de métodos tradicionais de eliminação de resíduos, a gaseificação minimiza as emissões de gases de efeito estufa
Na prática, os resíduos coletados passam por um processo de triagem e preparação. Em seguida, o operador introduz o lixo em um gaseificador, onde ele transforma o lixo em gás sintético. Após a combustão a 1200ºC, um conjunto turbogerador e uma caldeira recebem o gás, gerando energia limpa que é então injetada diretamente na rede elétrica local.
Ao converter resíduos em gás combustível, a gaseificação não apenas proporciona uma fonte de energia limpa, mas também reduz a dependência de combustíveis fósseis. Isso não apenas contribui para a redução do efeito estufa, mas também impulsiona a transição para uma matriz energética mais sustentável.
Hoje, a Versa Engenharia Ambiental é referência nesse tipo de tecnologia. A empresa implantou em Santa Catarina, no aterro sanitário do município de Mafra, uma usina que hoje é pioneira no país.
Acesse e conheça na prática como funciona esse projeto: https://www.versaeng.com.br/transformar-lixo-em-energia/
Por fim, a tecnologia aplicada em Mafra, faz parte da política inovadora da empresa que hoje é referência em coleta e destinação responsável de resíduos domiciliares. A empresa gerencia diferentes aterros sanitários localizados na região sul do país.
Priorizando a sustentabilidade, a empresa investe em tecnologias ecoeficientes, reciclagem e tratamento adequado dos resíduos para garantir a vida útil dos aterros e também uma gestão mais eficiente e responsável dos espaços.